A cada inicio de ano é movimentada a cidade de Vacaria, na região nordeste do Rio Grande do Sul. Milhares de trabalhadores de diferentes regiões do país vêm até a cidade em busca de oportunidades durante o período da colheita da maçã. Uma parte dos safristas é da região da Fronteira do Rio Grande do Sul, porém, há muitas pessoas de outros estados que vão até a cidade. Na Rasip, uma das maiores produtoras e comercializadoras da fruta no Brasil, são 2.200 trabalhadores temporários contratados para o período, sendo que cerca de 50% deles são de aldeias indígenas do Mato Grosso do Sul. A empresa recebe ainda pessoas das regiões nordeste, centro-oeste, sudeste e sul do país.
A empresa passou a contratar indígenas há cerca de nove anos e, atualmente, possui recrutadores que passam o ano viajando e conhecendo cidades e aldeias para contatar agências locais do Sistema Nacional de Empregos (SINE). “Os profissionais da RAR vão até as aldeias e explicam para os líderes de cada aldeia como será o trabalho. A transparência e o respeito aos trabalhadores é fundamental”, relata Sergio Martins Barbosa, diretor-superintendente da RAR, marca corporativa, que engloba a Rasip. As vagas são abertas no Centro de Integração e Apoio ao Trabalhador (CIAT) e um recrutador vai até a aldeia e realiza a seleção - com o apoio de um líder local.
A maior quantidade de contratações ocorre no início do ano para a colheita da Gala – entre o final de janeiro até metade de março. Após este período, os trabalhadores voltam para casa e retomam a atividade em Vacaria no final de março, para a colheita da Fuji que dura cerca de um mês. Em novembro, ocorre o “raleio”, que é a retirada do excesso de frutos do pomar, para que possa produzir novamente.
O trabalho durante o este período, por muitas vezes, serve como sustento anual de diversas famílias. Para acolher os trabalhadores de todo o Brasil, a Rasip conta com uma estrutura de alojamentos nos próprios pomares, além de atendimento médico com ambulatório e três refeições diárias. Sergio conta como é a estrutura destinada aos safristas: “recrutamos trabalhadores de fora da cidade em função da elevação da produtividade e maior tempo de permanência, uma vez que ao ficar alojada na empresa, a pessoa permanece focada na atividade”.
Sérgio também destaca o impacto de tais trabalhadores na colheita. “A expectativa é de que sejam comercializadas 80 mil toneladas da fruta ao longo de 2020 e a assertividade durante a colheita é fundamental para atingirmos um bom resultado”.
Sobre a RAR
A RAR, de Raul Anselmo Randon, teve origem na fruticultura, com o cultivo da maçã na década de 1970. Hoje, é a terceira maior produtora e comercializadora da fruta no Brasil. Nos anos 1990, montou a primeira fábrica de queijo Tipo Grana fora da Itália lançando a marca Gran Formaggio. A RAR tem, em seu portfólio, linha de importados com queijos e acetos italianos, presuntos e salames italianos e espanhóis, e azeites de oliva chilenos. A linha de derivados é composta por creme de leite fresco, manteiga e queijo parmesão. A empresa, com sede em Vacaria (RS), ainda conta com linha de 19 rótulos entre vinhos e espumantes e azeite de oliva a partir de produção própria. Esses e outros produtos com a qualidade RAR podem ser encontrados na loja virtual www.spacciorar.com.br.